O transtorno bipolar pode afetar completamente suas relações com outras pessoas e até consigo mesmo, pois é uma doença que acarreta uma série de sintomas que podem levar a pessoa a perder a qualidade de vida por seu difícil diagnóstico e tratamento, veremos com mais detalhes abaixo.
O que significa transtorno bipolar
O transtorno bipolar é uma doença grave, de difícil controle com os tratamentos usuais, com evolução provável para a cronicidade e com notável repercussão social e sanitária que afeta significativamente a qualidade de vida do paciente e de seu ambiente.
Esta doença, ainda muito desconhecida pela população, está rodeada de preconceitos e medos ancestrais que os distúrbios psíquicos costumam causar.
Semelhanças que o transtorno bipolar tem com outras doenças
No entanto, o transtorno bipolar tem muitas semelhanças com outras condições, como diabetes ou hipertensão.
Pois, como acontece com essas doenças, o tratamento adequado pode evitar muitos riscos que o transtorno bipolar não controlado apresenta, como a perda de trabalho, problemas de relacionamento, uso excessivo de drogas, suicídio, entre outros.
O que é transtorno bipolar?
O transtorno bipolar, também chamado de síndrome maníaco-depressiva, é classificado como um tipo de transtorno afetivo.
Logo, vai além dos aspectos positivos ou negativos comuns que se tornou uma condição médica séria e preocupante.
Como é a cabeça de uma pessoa com transtorno bipolar
Acima de tudo, o transtorno bipolar é caracterizado por episódios periódicos de extrema felicidade, euforia, bom humor ou irritabilidade, também chamada de mania.
Em oposição aos sintomas clássicos de depressão clínica, em que a pessoa passa a maior parte do tempo lidando com os momentos de tristeza, o indivíduo bipolar, tem que administrar os dois extremos de tristeza e alegria, razão pela qual existem dois “pólos” no humor ou sintomas do transtorno.
Quem é afetado pelo transtorno bipolar?
Primordialmente, esse transtorno afeta 2,6% dos adultos todos os anos. A idade média de início é 25 anos. Os sintomas não estão presentes antes dos 12 anos.
Dessa forma, eles são frequentemente confundidos com transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade, o famoso TDAH. Uma síndrome que geralmente é caracterizada por dificuldades sérias e contínuas, resultando em desatenção, distração, impulsividade e hiperatividade.
Quem o transtorno bipolar mais afeta
O transtorno bipolar afeta igualmente mulheres e homens, embora as mulheres tenham maior probabilidade de apresentar sintomas mais depressivos do que maníacos, e geralmente começa na adolescência ou no início da idade adulta.
Apesar disso, o transtorno bipolar está começando a ser mais diagnosticado em crianças pequenas, embora o diagnóstico é de difícil resultado.
É provável que haja famílias mais propensas ao transtorno bipolar e, em alguns casos, ele é considerado hereditário. Por isso, os pesquisadores ainda estão tentando identificar um gene ou genes, que possam ser responsáveis por esse distúrbio.
Quais são os sintomas do transtorno bipolar
A seguir constam os sintomas mais comuns do transtorno bipolar. No entanto, cada pessoa pode apresentá-los de maneiras diferentes.
Os sintomas depressivos que esse transtorno pode incluir são:
- sentimento de tristeza;
- se sente sem esperança ou que está desamparado;
- autoestima baixa;
- sentimento de inadequação;
- perder o interesse em atividades que anteriormente eram apreciadas;
- dificuldade de relacionamento;
- distúrbios do sono, insônia, por exemplo;
- mudanças grandes no apetite ou no peso;
- sem energia;
- dificuldade na concentração;
- tentativas de suicídio;
- doenças físicas frequentes (por exemplo, dores de cabeça, dores de estômago ou fadiga);
- muita sensibilidade ao se sentir fracassado ou rejeitado;
- irritabilidade, agressividade.
Os sintomas da fase maníaca que podem sem inclusos são:
- autoestima alta;
- diminuição da necessidade de descanso ou sono;
- fica mais distraído e irritado;
- prática excessiva em atividades agradáveis ou de grande risco, que podem ter consequências dolorosas, isso pode incluir comportamento provocativo, agressivo ou antissocial;
- loquacidade grande, que pode incluir uma forma rápida na hora de falar, mudar de assunto rapidamente, não suporta interrupções;
- excesso de sentimentos de euforia ou felicidade, por grandes momentos;
- mudanças de humor severas e imprevisíveis, incluindo feliz ou ridículo, ou incomumente zangado, agitado ou agressivo;
- aumento do desejo sexual;
- aumento do nível de energia;
- falta de discernimento incomum;
- alguns adolescentes no estágio maníaco apresentam sintomas psicóticos, incluindo alucinações ou delírios.
Diagnóstico de transtorno bipolar
Primeiramente, para que o diagnóstico do transtorno bipolar seja feito, o indivíduo deve apresentar sintomas maníacos e depressivos em graus variados, dependendo da gravidade do transtorno.
No entanto, os sintomas, especialmente em adolescentes, podem ser semelhantes a outros problemas (como abuso de drogas, transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade ou delinquência).
Por isso, buscar um diagnóstico e tratamento precoces é essencial para a recuperação. Assim, o diagnóstico geralmente é feito após uma avaliação psiquiátrica completa e histórico médico por um psiquiatra ou outro profissional de saúde mental.
Tratamento para transtorno bipolar
O tratamento específico para o transtorno bipolar será determinado pelo médico com base no seguinte:
- idade, saúde geral e histórico médico;
- a gravidade dos sintomas;
- tolerância a certos medicamentos ou terapias;
- expectativas em relação ao curso do transtorno;
- sua opinião ou preferência.
Os transtornos afetivos muitas vezes podem ser tratados com sucesso. Da mesma forma, o tratamento deve sempre ser baseado em uma avaliação completa tanto do paciente quanto da família.
O tratamento pode incluir um ou mais dos seguintes:
- medicamentos, por exemplo, estabilizadores de humor e /ou antidepressivos;
- psicoterapia (mais frequentemente cognitivo-comportamental, de apoio, psicoeducacional e /ou interpessoal);
- terapia familiar;
- consultas na escola, caso o paciente seja adolescente.
Os familiares desempenham um papel de apoio essencial em qualquer processo de tratamento.
Ao passo que, reconhecer as variações de humor extremas associadas ao transtorno bipolar é essencial para obter um tratamento eficaz e evitar as consequências potencialmente dolorosas do comportamento imprudente e maníaco.
8 dicas para a família lidar com o transtorno de bipolaridade
1 - A família deve se libertar de qualquer sentimento de culpa em relação ao estado do paciente, uma vez que o surgimento e o desenvolvimento desta doença não estão relacionados ao ambiente familiar, à educação, aos relacionamentos, entre outros.
2 - É essencial para o próprio paciente que os familiares saibam como lidar com a situação, bem como o comportamento adequado nas diferentes fases da doença.
3 - Os familiares precisam conhecer a doença e os recursos disponíveis para seu tratamento;
4 - É importante que a família tenha um resumo cronológico da doença.
5 - A família deve identificar os sintomas de recaída referentes às alterações observadas em relação ao comportamento habitual e contatar imediatamente o psiquiatra.
6 - Embora a superproteção não seja aconselhável em nenhum caso, a família deve oferecer ao paciente carinho, tolerância e apoio enquanto o tratamento surte efeito.
7 - A família deve observar e ouvir o paciente para entender melhor seu estado de espírito, embora nem sempre seja apropriado concordar com ele, ou convencê-lo com falsidades.
8 - Os membros da família devem cuidar de seu próprio bem-estar e, se possível, procurar ajuda associando-se a outros grupos de pacientes bipolares.
Considerações finais
Como foi visto nesse artigo o transtorno bipolar pode afetar diretamente na relação do indivíduo, seja ele com amigos, familiares ou até mesmo com pessoas mais íntimas. Porém, pode ser tratado quando diagnosticado a tempo, sem que os sintomas fiquem graves e incontroláveis.


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